Ontem à noite, o Corinthians venceu mais uma partida válida pela taça Libertadores da América edição 2010, jogando no Uruguai contra a equipe do Racing, sob forte chuva e em um estádio praticamente vazio, apesar do gramado estar impecável conforme depoimento dos jornalistas e jogadores no local.
O Timão começou bem o jogo e buscou fazer logo o resultado, sendo que aos 35 minutos do primeiro tempo Roberto Carlos mandou uma bomba em direção ao gol e Dentinho finalizou o rebote abrindo o marcador.
Entretanto, após o gol a postura do time mudou totalmente, como aliás tem ocorrido em quase todas as partidas em que o alvinegro do Parque São Jorge sai na frente. O time recuou e passou a se defender, convidando o adversário para atacar e tentando jogar nos contra-ataques.
Infelizmente, porém, tanto Ronaldo quanto Danilo não estavam em noite inspirada e pouco produziam na frente, fazendo com que o Corinthians literalmente tomasse um sufoco até o final da primeira etapa, o que persistiu durante quase todo o segundo tempo.
Quando foi anunciada a entrada de Jorge Henrique, cheguei a me animar achando que o Mano Menezes fosse colocar o time prá frente novamente, jogando com três atacantes, tática que deu muito certo em 2009 durante o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil, ambos vencidos pelo Timão. Entretanto, ele tirou justamente o Ronaldo para a entrada do baixinho, mostrando que tudo que ele queria era dar mais velocidade ao ataque e talvez segurar mais a bola no campo de ataque e menos na defesa. Iarley também entrou no lugar de Danilo, reforçando um pouco mais o ataque e dando mais fôlego para o time.
De certa forma, as mudança surtiu efeito já que em jogada articulada principalmente por Iarley, Elias finalizou de cabeça dando números finais à partida.
Com o resultado, o Corinthians não só se garante na próxima fase da competição (oitavas de final), como também garante o primeiro lugar de seu grupo e obtém a melhor campanha dentre todos os 32 clubes participantes, lhe garantindo o direito de fazer a segunda partida em casa em todas as próximas fases, vantagem esta que pode fazer grande diferença graças às características da competição.
Apesar dos números expressivos e do aproveitamento altíssimo (conquistou 13 de 15 pontos disputados), o futebol apresentado pela equipe ainda não convenceu. Se por um lado, a defesa tem se mostrado muito eficiente em não tomar gols, o ataque tem deixado a desejar fazendo com que as vitórias, quando acontecem, sejam magras e apertadas.
Para as próximas fases, os adversários tendem a ser mais fortes e haverão mais dificuldades como longas viagens e partidas disputadas em grandes altitudes, razão pela qual a equipe precisará melhorar rapidamente o seu padrão ofensivos caso queira continuar almejando a conquista do torneio continental.
Provavelmente pouco mudará no padrão de jogo da equipe, já que o treinador prefere jogar para não perder do que para ganhar, caso contrário já teria ao menos experimentado o trio de atacantes (Dentinho, Ronaldo e Jorge Henrique) em uma ou mais partidas do torneio.
Só nos resta continuar torcendo por esta conquista tão importante no ano do centenário do clube.
VAI CORINTHIANS!