Nem todas as pessoas engordam e mesmo as que experimentam esta condição ao menos uma vez na vida, não o fazem pelos mesmos motivos. Existem distúrbios hormonais ou mesmo do sistema endócrino que podem levar à obesidade. Por isso, antes de se aventurar pelo mundo das dietas, convém consultar um ou mais médicos a fim de eliminar estas possíveis causas.
Apesar disso, na grande maioria dos casos, a obesidade é causada pela própria alimentação. Da mesma forma que alguns animais fazem “estoque” de energia na forma de gordura para suportar o período de hibernação, nosso organismo também possui esta capacidade, guardadas as devidas proporções.
Cada alimento que ingerimos pertence a um de três grupos alimentares: carboidratos, gorduras e proteínas. No entanto, apenas os dois primeiros grupos podem ser convertidos em glicose para geração de energia.
Toda a energia não consumida na forma de glicose é convertida então em gordura e armazenada sob a pele como uma reserva para necessidades futuras.
Somente em caso de necessidade, ou seja quando passamos fome ou esgotamos nosso estoque de energia ativa (glicose), é que o organismo passa a queimar as gorduras acumuladas sob a pele e usá-las para a geração de energia.
Em outras palavras, podemos afirmar que:
- Engordamos quando consumimos menos energia do que ingerimos.
- Emagrecemos quando forçamos nosso organismo a queimar nosso estoque de gordura acumulada sob a pele.
Tradicionalmente, existem dois métodos que as pessoas utilizam para perder peso, os quais muitas vezes são combinados para se obterem resultados mais rápidos:
- Dietas de baixa caloria, as quais nos fazem ingerir alimentos pouco capazes de gerar energia, forçando o corpo a utilizar seu estoque mais rapidamente.
- Prática de exercícios físicos, o que aumenta nosso consumo energético, possibilitando o esgotamento mais rápido de nosso estoque de glicose e a conseqüente queima de gorduras.
Embora ambos os métodos citados acima sejam de conhecimento público e sejam freqüentemente adotados por obesos no intuito de emagrecer, eles não atingem os resultados desejados por vários motivos:
- Os cardápios das dietas hipocalóricas (de baixa caloria) normalnente não suprem as necessidades do organismo nem em quantidade de alimento nem em valor nutricional. Como resultado, a pessoa passa fome e tem a saúde debilitada, facilitando o surgimento de doenças diversas.
- Mesmo quando a pessoa consegue perder o peso desejado, raramente consegue mantê-lo, pois volta a se alimentar como antes da dieta e engorda novamente, criando o chamado “efeito sanfona”, o que inclusive prejudica a auto-estima do obeso, que acha que é sua a culpa pelo fracasso da dieta.
- Com a correria da vida moderna, poucas são as pessoas que conseguem arrumar tempo para a prática de exercícios. Das que conseguem, poucas são as que efetivamente conseguem gastar mais energia do que ingerem.
- Quem é realmente obeso dificilmente reúne as condições adequadas para a prática de exercícios, a qual pode trazer-lhe muito sofrimento físico, além de constrangimento social e até lesões mais sérias.
Mas se as dietas hipocalóricas e os exercícios não funcionam, então como podemos emagrecer de forma efetiva?
Falaremos sobre isso na próxima parte deste artigo.
🙂